Cristo vê

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Hoje, mais uma vez, depois de muito tempo, eu volto às linhas, lar de onde nunca deveria ter saído. E mais uma vez, volto por causa da 7º arte. Certa vez, escrevi sobre resiliência após assitir um filme que me ensinou o poder dessa palavra quando se tem uma missão. Mas hoje eu venho falar de coisas que ainda não fazem completo sentido pra mim. Coisas da mente, coisas da vida.
Existem, em cada um de nós, segredos obscuros, traumas e medos, grandes ou pequenos que nos acercam em nossa vida. E nós, ao enxergarmos de perto ao outro, em sua totalidade, o condenamos de pronto, sempre por suas obscuridades, não é? E se enxergássemos as nossas? Acontece que o assunto é outro. Consideremos pois as tais obscuridades alheias. Pense na mais terrível delas. Pense em algo, para você, injustificável, imperdoável, inadmissível. Pensou? Pense se você seria capaz de cometer tal ato. Não? Obvio que não.
Agora pense no contexto familiar de quem o cometeu. Conseguiu? Agora pense no contexto psicológico, cada pequeno trauma na escola, cada pequena obscuridade nascida de insignificantes insultos, desentendimentos, coisas que “não foram nada”. Cada pormenor, cada ínfimo detalhe faz parte da construção de um ser. E é por isso que talvez você nunca o entenda. É porque você não consegue enxergar as pequenas coisas, e as vezes nem as grandes coisas que construíram as obscuridades desse alguém.
Sei que é um texto muito simplista, para algo complexo demais. Faltam-me palavras e ainda sabedoria para lhe fazer ir a fundo. Mas quero que considere, tudo o que você jamais viu, tudo o que ninguém vê, isto, Cristo vê.

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